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O FEUDALISMO - A Idade Média no continente europeu

Por praticamente 1000 anos, a Europa, divida em feudos (enormes propriedades de terra), foi dominada pela Igreja e por nobres. Os camponeses, que representavam aproximadamente 90% da população, trabalhavam quase 16 horas por dia. As imagens abaixo foram retiradas da revista "Aventuras na História".
Um dia na vida de uma família camponesa por volta do ano 900: Todos da família acordaram por volta das 5 da manhã. Dormiram na casa de apenas um cômodo, sobre um monte de palha e aquecidos por uma fogueira que ficava no centro desse cômodo. Depois de comer um mingau, foram trabalhar na terra, plantando ou colhendo alimentos que garantirão sua sobrevivência. Nos dois dias anteriores, a família cumpriu seu trabalho obrigatório nas terras do senhor feudal (o grande proprietário). No dia seguinte, não precisarão trabalhar: é domingo, e todos vão à missa rezar por suas almas. Os camponeses têm muito medo do diabo!

Os camponeses sofriam não só com o trabalho pesado e obrigatório, mas também com as doenças e a fome (metade dos bebês que nasciam não conseguia chegar a 2 anos!). Os servos (camponeses) morriam cedo (por volta dos 35 anos!)

Quando havia guerras entre um feudo e outro, os camponeses combatiam ao lado dos nobres (senhores feudais) mas, enquanto os senhores feudais estavam bem armados, os camponeses lutavam muito mal armados e sempre iam na frente. Acho que vocês podem imaginar quem tinha mais chance de morrer em combate, né?



O desenvolvimento do feudalismo:

O feudalismo começou a se desenvolver enquanto o Imperio Romano entrava em decadência. Por volta de 300 dC, os "bárbaros" (povos que os romanos chamaram assim por possuírem costumes diferentes e não saberem falar latim) começaram a invadir o Império. A partir daí, a população pobre ficou exposta a todo tipo de violência e roubo (saques). Para terem um mínimo de proteção, apelaram para os proprietários ricos, oferecendo seu trabalho. Assim, ficou estabelecido o seguinte: os camponeses trabalhavam (e muito) e o grande proprietário, rico, lhes dava certa proteção e o mínimo de terra para sobreviverem.
A Igreja Católica adquiriu muito poder neste período. Nesta época não havia imprensa e a maioria da população era analfabeta. Os livros ficavam confinados (presos) nos mosteiros (locais onde viviam os monges). Assim, aqueles que comandavam a Igreja Católica decidiam o que a população poderia ou não poderia ler. Até mesmo os senhores feudais não tinham direito a ter qualquer obra que desejassem.

Sabem o que mais fez com que a Igreja Católica acumulasse muito poder e riquezas? As doações de terra e os dízimos.

Imaginem vocês: qualquer senhor feudal, se quisesse, poderia passar a primeira noite com uma camponesa que vivesse em seu feudo e que tivesse acabado de se casar! Isso não nos parece muito cristão não é mesmo? Além disso, alguns senhores feudais consumiam até 9 mil calorias por dia (bebendo muito vinho e comendo muita carne)!! Isso não é gula? A gula não é um pecado? Bom, esses senhores feudais, querendo garantir que suas almas não queimassem no fogo do inferno, tentavam garantir o perdão de Deus doando muitas e muitas terras para a Igreja, que ficava cada vez mais rica!!!

Por sinal, esse costume de "comprar" o perdão da Igreja se tornou muito comum, mas isso vai ser assunto pra outra matéria...



Acima (à esquerda), vemos os senhores feudais (nobres) comendo e bebendo muuuito! À direita, vemos parte de um feudo eclesiástico (da igreja). Às vezes, esses feudos eclesiásticos acolhiam os doentes e desvalidos... Aliás, as doenças eram consideradas castigos de Deus: "se você está doente é porque pecou" - era assim que pensava a maioria da população. Eles não sabiam que a maioria das doenças era causada pela falta de higiene. Os banhos eram muito raros nesta época. Os monges, por exemplo, tomavam cerca de 5 banhos... por ano!!!
(Afinal, já haviam sido lavados com o sangue de Cristo) rs.
Pra terminar, vamos falar de outra grande vítima na Idade Média: as mulheres. Elas não podiam sair sozinhas, não tinham muito poder pra decidir nada e eram consideradas, por muitos, um símbolo do pecado. Mesmo assim, os padres e monges adoravam uma "festinha" com mulheres. O celibato (a regra de que os padres e monges não poderiam se relacionar com mulheres) foi criado por volta do ano 1.100. Mas, mesmo depois da criação desta regra, os religiosos ainda se "encontravam", às escondidas, com mulheres.

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